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Pastor é agredido por policiais em BH enquanto orava

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A família de um pastor de 47 anos está revoltada com a suposta agressão de policias militares contra o homem na última terça-feira (21).

 

A vítima estava no aterro sanitário da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), localizado no bairro Conjunto Jardim Filadélfia, na região Noroeste de Belo Horizonte, “orando pela humanidade” quando foi abordado pela corporação.

 

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Foto: O Tempo

De acordo com Antônio Carlos Gomes da Silva, de 45 anos, o irmão tem o costume de entrar no espaço, sem o conhecimento da segurança, para fazer orações. “Ele sempre vai lá agradecer pela sua vida e pela vida da família. Além disso, ele sempre pede proteção para as outras pessoas”, explicou o homem.

 

Nessa terça, a viatura entrou no aterro com o consentimento da equipe de segurança e encontrou o homem no local. Ainda na versão de Antônio Carlos, três policias jogaram a bíblia do pastor no chão e começaram a agredi-lo com socos e pontapés. Em seguida, os militares foram embora.

 

“Muito machucado, meu irmão conseguiu chegar em casa. Acionamos o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e ele foi encaminhado ao Hospital Municipal Odilon Behrens, onde foi medicado e liberado. Ele teve cortes na boca”, explicou o irmão.

 

Uma outra viatura foi acionada e registrou o boletim de ocorrência como lesão corporal. Segundo o denunciante, uma equipe da Corregedoria da Polícia Militar acompanhou o caso e, após alta médica, a vítima foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo delito.

 

“Ainda não sabemos o que vai acontecer, mas vamos entrar na Justiça. Esses covardes devem ser punidos. Meu irmão é pai de família, trabalhador e querido por todos. Ele não merecia passar por isso”, desabafou Antônio Carlos.

 

Segundo a Polícia Civil, o homem supostamente agredido não tem antecedentes criminais.

 

A reportagem de O TEMPO confirmou que o boletim de lesão corporal foi registrado. No documento existe a informação que realmente a corregedoria acompanhou a história.

 

A reportagem fez contato com o tenente-coronel responsável pelo 34º Batalhão Wanderley Amaro, e o militar informou que já está ciente da registro do boletim.

 

“Um processo administrativo será aberto para verificar o caso”, disse o comandante.

 

De acordo com o superintendente da SLU, Vítor Valverde, há 15 postos de vigilância, sendo dois deles móveis, que cuidam da segurança da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos do Jardim Filadélfia. “Nós fazemos nosso papel de cuidar e zelar pela nossa posse, mas isso não gera uma garantia plena de que não vá ocorrer uma invasão”, explicou Valverde, reforçando que trata-se de uma área de aproximadamente 100 hectares.

 

Segundo o superintendente, não houve acionamento da Polícia Militar por parte da SLU e, como o espaço é amplo e aberto, a viatura entrou na local sem comunicar a vigilância. “Nós não chamamos, mas não impedimos a entrada. A polícia não é considerada invasora dentro do nosso aterro”, explicou.

 

Ainda de acordo com Valverde, quando a viatura estava deixando a CTRS, os militares informaram em uma das portarias que haviam entrado porque viram uma pessoa invadir o local. O superintendente reforçou que a SLU não consta como parte da ocorrência registrada e que não tem conhecimento sobre qual foi o procedimento adotado pela polícia na abordagem ao invasor.

 

O Tempo

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